sexta-feira, 26 de outubro de 2012



Força, garra, determinação, seriedade, trabalho, inquietude, inconformismo, destemida, firmeza, implacável. E assim vivia seus dias, parecia que nada lhe abatia ou abalava; matava inúmeros leões por dia.
A menina cresceu, havia se tornado uma mulher forte, decidida; muitas vezes admirada pela sua determinação, havia aprendido ainda muito cedo a ter em suas mãos o poder de decisão sobre sua vida.
Havia aprendido a não acreditar em vocação mas em oportunidade, afinal de que vale vocação sem oportunidade de praticá-la?!
Aprendeu a sempre confiar desconfiando...
Aprendeu a nunca esperar muitos das pessoas, assim não perdeu a capacidade de ser surpreendida...
Aprendeu que o amor é uma decisão; contudo jamais compreendeu porque as pessoas decidiam "sofrer por amor"; Então decidiu não correr riscos, decidiu não amar!
Mas aquela mulher forte e decidida, ao entrar em seu quarto, seu refúgio, despia-se de sua fantasia de "mulher maravilha implacável", e voltava a se aquela menina, ainda tão assustada, com tantas duvidas, e diversos sonhos... Jogava-se na cama e seu olhar ficava distante, seus pensamentos se perdiam, ainda era capaz de se encantar com a melodia das caixinhas musicais, sentia-se como aquela bailarina da caixinha, sozinha, isolada, presa, ainda não sabia quem era de verdade... mas sonhava em ser feliz!
E então percebia que aquela menina na verdade não tinha crescido ainda, só tinha mudado de aparência, usava maquiagem e salto alto, mas continuava ali tão cheia de medo e duvidas.

By Hildy Souza

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