sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tão jovens, tão absurdo!



Passei dias para conseguir palavras para falar sobre os "assassinatos" em Santa Maria, RS. Uma onda de fiscalização em boates percorre todo país agora que tantos jovens se foram, sem volta; o mundo parou impotente diante de desastre tão absurdo.
As palavras me fugiram por dias, e na verdade não há palavras certas a serem usadas em uma tragédia como essa.
Fico imaginando quantos sonhos que estavam apenas começando, jovens que comemoravam a aprovação em uma universidade federal, a recompensa de meses de esforço; formandos que comemoravam a conclusão de um curso, a conquista de uma profissão, anos de estudo.
Uma madrugada que não acabou! Não acabou para aqueles mais de duzentos jovens que só queriam se divertir; Que não acabou para os tantos pais que perderam seus filhos, sem poder dizer um último "eu te amo"; para os filhos que crescerão sem seus pais ao seu lado; para as viúvas ainda tão jovens e apaixonadas; para os amigos que virão seus companheiros de sala, de quarto, de vida partirem.
Uma partida tão cedo, tão sem sentido, tão absurda.
Um mar de vidas destruídas pelo fogo, pelo erro de um artista que só queria chamar atenção do seu público, por empresários que não se importaram em usar o material adequado para o isolamento de uma academia, por não ter saídas de emergência suficiente para a quantidade de pessoas, pela falta de fiscalização do pode público, por uma comanda que precisava ser paga a qualquer custo. Vidas destruídas porque eram jovens e só queriam se divertir; por ter confundido a porta do banheiro com a saída; por querer ficar perto do palco para "curtir" melhor a festa; por não ter dado ouvido ao pedido dos pais para ficar em casa aquela noite; por querer comemorar o aniversário de uma amiga; por ajudar a salvar outras vidas; por não ter me preocupado em estar em uma boate super lotada.
Sonhos inacabados;
Profissionais assassinados;
Filhos que se foram;
pais que choram;
projeto interrompidos;
descobertas que jamais serão feitas;
Eles eram apenas jovens e não tiveram todo tempo do mundo.

By Hildy Souza

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013



Ao longo da vida caminhei sempre sozinha, não sinta por isso, fiz questão que fosse assim.
Hoje olho ao meu redor e vejo você sempre por perto, rondando-me, acompanhando meus passos, fazendo entender que sempre estava ali. Tenho medo!
Fugi incansavelmente de tudo isso, fui fria, fui agressiva, às vezes indiferente, silenciosa...
O tempo está fechado, tempestade a vista! O mar está revolto, outra onda de dúvidas está a chegar; e me põe para baixo, me desanima, me entristece.
Questiono-me "e se não der certo?", "e se estiver confundindo tudo?", "e se tiver ultrapassando os limites?", "e se não for real?", " e se eu não conseguir?".
Caminhando sozinha aprendi a me levantar e erguer sozinha, o novo para mim era ter alguém ao meu lado para me levantar. Será que sempre estará lá a minha espera para me ajudar? E se você não estiver? Tenho medo.
O medo é uma arma extremamente agressiva; o medo causa feridas terríveis, que deixam cicatrizes profundas, marcam a alma.
Apesar do medo, não desistirei; estou deixando de lado tudo que não me pertence, estou no caminho rumo ao meu "eu verdadeiro", buscar a própria identidade não é fácil. É deixar para trás tudo que já se tinha por certo, contudo impossível de ser feliz em apenas acomodar-se.
A menina tá indo embora eu não queria que ela fosse, mas preciso deixá-la partir. A insegurança é normal, mas se você estiver comigo a despedida será mais fácil.


By Hildy Souza

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Então, vivi!!



Mais um ano se foi... Parece meio tardio para se refletir sobre o ano que passou... Mas não para mim, tanta correria, tanta coisa a pensar, tantos problemas a resolver, diversos leões para matar... Ouvi uma frase no cinema que sintetiza meus últimos dias "Pensei, mas não parei porque não tive tempo". E estou no Brasil então o ano só começa de fato depois do carnaval.
Só agora consigo parar, olhar para trás e ver quanta coisa aconteceu...
Ainda não consigo acreditar no turbilhão que foi minha vida nos últimos doze meses, mudei; mudei no trabalho, de cidade, de objetivos... Refiz projetos, renovei meus sonhos;
Escolhi, decidi e me permiti desistir, nossa e quão difícil foi desistir. Repensei opiniões...
Viajei, conheci novos lugares, conheci novas pessoas, fiz novos amigos, reencontrei amigos, e redescobri pessoas.
Lutei. Chorei. Sofri. Cresci. Amadureci.
Me apaixonei; me desapaixonei; me desiludi;
Sorri, e muito!
Desfrutei do prazer de inocentemente apreciar o perfumes das rosas. Ganhei rosas talvez nem tão merecidas; sinceras? Talvez! Descobri que rosas também machucam, elas possuem espinhos.
Vi "amores" findar... 
Torci e acreditei nos objetivos de alguém; senti frustração quando os resultados não foram os esperados.
Acreditei demais, me decepcionei, algumas vezes.
Tentei sufocar sentimentos; e deixei me levar por sentimentos.
Me vi fazendo tudo que a vida me propôs... Sem máscaras, sem fingimento, sem maquiagem, fui real. Se acertei? Algumas vezes. Se errei? Como errei. Chorei. Sorri. Lutei. Sofri. Cresci. Amadureci. Enfim vivi.


By Hildy Souza