sábado, 20 de agosto de 2011

E em viver já se sofre o bastante...




O despertador tocou - Quero mais 15 minutos - mas não havia tempo disponivel pra isso. Que falta de disposição e mesmo depois de 10 horas de sono bem dormidos ainda havia um cansaço absurdo parecia vir de muitas noites mal dormidas. Enfim levantou-se, afinal a responsabilidade lhe trazia a vida.


No decorrer do dia, a falta de disposição permanecia. Mas não era apenas indisposição, era falta de ânimo, ausência da vontade de viver. Diante de tantos problemas, de tantas lutas sentir-se sem ânimo não sigficava fracasso, mas a constatação de um fato: a impotência. Ter tanta coisa errada ao seu redor, e nada poder fazer, e não ser capaz de alterar.


E diante de tanta dor perguntava-se onde está Deus? e sofria mais ainda ao perceber sua falta de fé em esquecer-se de tudo que Deus lhe havia prometi, mas era assim que se sentia, esquecida.


Quando o tempo fecha, o vento sopra forte, a tempestade vem como não ter medo? como não chorar? como não sentir-se impotente, fracassada? de onde tirar forças para continuar? onde conseguir motivos para prosseguir?


Quantas criticas de pessoas que nem sabem quem é de verdade, o que sente, o que se passa dentro em seu coração. Apontar seus erros, questionar sua falta de fé e julgar o seu desânimo. Como é fácil e comum assumirmos o papel de juizes dos outros. Colocar-se em seu lugar, ninguém o faz, ver a sua realidade é simplesmente impossível.


Claro que dói tudo isso mas já não tanto quanto no inicio a final com o passar do tempo o lugar ferido de tão machucado faz com que se acostume com a dor e essa passe a fazer parte de sua vida. O que deveria ser uma excessão passa a ser regra.


Já sabe que não será o último dia a sentir-se assim, por não ter sido também o primeiro, muitos como esse ainda se repetirão, natural a quem assume o risco de ser protagonista de sua própria história, mas fazer o quê se não aceita conformar-se com o papel de coadjuvante, ou mero figurante. E assim vai vivendo assumindo seus riscos, seus medos, e carregando sua dor no peito escondendo-a na maior parte do tempo. Apesar de doloroso carregar seus traumas sozinho parece ser melhor do que seguir sempre no banco dos réus sem ter cometido crime algum.




"Na vida sempre haverão dias ruins as sempre terão dias melhores a viver"