Ainda tão jovem, antes mesmo de começar a conhecer a vida, somos levados a escolher o caminho que vamos seguir; parece assustador, por não saber o rumo que iremos tomar.
O tempo passa e os pensamentos da infância tornar-se-ão cada vez mais distantes até desaparecer. A vida vai perdendo toda simplicidade, pessoas queridas começam a ir embora, já não teremos mais todo tempo do mundo a nossa disposição. Os sonhos e objetivos serão mais complexos.
As palavras de Cartola passam a ter um real sentido, "...o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir tuas ilusões a pó." Uma parte desses sonhos jamais serão recuperados. Muitos deles serão perdidos quando a vida nos fizer saber que não somos tão bons quanto acreditávamos que éramos, quando vemos que não somos auto-suficiente e que o idealismo de um mundo melhor não passaram de palavras bonitas proferidas por jovens cheios de sonhos acreditando que poderiam mudar o mundo.
Haverá momentos em que nos sentiremos tão sozinhos e mundo parecerá assustador; sem saber o que cada lugar nos reserva. Dentro de nós como em uma melódia, se misturará o prazer e a dor, e todo e qualquer sentimento e emoção; o único descanso que teremos será quando o sono chegar.
O importante é que não esmoreçamos nem fraquejemos. Quando a dor apertar muito forte no peito só nos permitiremos uma lágrima, uma única lágrima para refrigerar a alma; em seguida continuaremos na luta com confiança defendendo nossos sonhos com bravura e esperança até os alcançar, nessa caminhada só sobreviverá os que não desistirem na primeira esquina escura e ao final a recompensa será descobrir, que a felicidade está além das nossas conquistas, mas no intimo de cada um de nós.
Hildyane Souza